Em meio às Ruínas a Reconstrução

 

    Reconstruir não é esquecer, é lembrar. Sobre memória e reconstrução. Um menino lê um livro sobre os escombros de uma biblioteca destruída em um bombardeio. Em meio às ruínas da guerra a fragilidade de uma criança  encontra o poder  de um livro, germina ali esperança apesar da destruição ao seu redor: “Vê a possibilidade de um mundo melhor e faz dessa possibilidade seu caminho”.  

    Na obra  “Em meio às ruínas a reconstrução (reconstruir não é esquecer, é lembrar)” faço um resgate de memórias e cartas autobiográficas de minha trajetória pessoal transformando-os  em documentos de memória social e de esperança. Os textos datilografados sobre os papéis constroem uma trama de letras e palavras que na medida em que se perdem na imensidão de milhares de caracteres, revelam a imagem formada por quase 1 milhão de letras, os dizeres: "memória, palavra, esquecimento" se repetem no corpo do texto imagético.   Somos feitos daquilo que lembramos e moldados pelo o que esquecemos? 

    De que forma o resgate da memória possui papel construtor em nossas narrativas? O esquecimento e a lembrança fazem parte de um corpo responsável pela construção e reconstrução da nossa identidade, rememorar é construir o passado com as lentes do agora e cultivar o futuro com as sementes da memória. As cartas que escrevo e envio ao passado me fazem entender o futuro que estamos "reconstruindo".  Texto e arte: Hal Wildson . 


Hal Wildson


                             Em meio às ruínas, a reconstrução (reconstruir não é esquecer, é lembrar)
Letras em máquina de escrever sobre papel algodão120 x 84 cm

Hal Wildson .










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