Memória: Semente do Futuro

          É na memória que plantamos a Semente do Futuro


          Nasci em uma região de Encontros, no encontro do Rio Garças e do Rio Araguaia, de um lado Barra Goiana do outro Barra Cuiabana ( hoje conhecidas como Aragarças e Barra do Garças) no centro do Brasil. Lugar também de desencontros. Cresci ouvindo as histórias que cercam aquele lugar, as lendas da sereia do Rio, a garrafa de diamante perdida e os conflitos entre garimpeiros , coronéis contra os povos tradicionais que viviam ali antes de todos. Cresci em " cidade de índio " feita para Branco, era comum a presença dos povos tradicionais pela cidade cotidianamente, e desde a infância vamos aprendendo como a sociedade Brasileira desconhece e desvaloriza seu povo ancestral. Lembro-me que apesar de "valorizar" os povos em seu cartão postal, nossa região não tratava o indígena como "bem-vindo", eram comum os olhares de estranhamente, como se eles fossem os invasores e não o 'homem Branco'. Assim é a história e como tudo se relaciona … aí está a importância da memória.  O menino Hal ( a semente do artista que sou hoje) nunca aceitou as relações de submissão que o homem Branco na cidade submetia os povos indígenas, eu buscava conhecer, acolher, entender as tramas sociais que eram tecidas ali. Por sorte tive ótimos professores e professoras… hoje vejo que entender a nossa história e fortalecer a memória é trilhar um caminho de identidade brasileira que seja mais justo para todos os Brasileiros. É na memória que plantamos a semente do Futuro. 


Clique para Ver o Vídeo de Criação.


Hal Wildson, 2020



Hal Wildson, 2020 ( Datilografia , Carimbo sobre papel Algodão)


Comentários

Postagens mais visitadas