A MEMÓRIA É UM LUGAR DE LUTA E UM CANTEIRO DE OBRAS

 




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"A memória é um Lugar de Luta e um canteiro de Obras" Frase do artista que diz muito sobre o seu Trabalho. Hal Wildson (1991) é um Artista Multimídia e Poeta Goiano. Nascido no Vale do Araguaia, terra indígena invadida pelo garimpo, sua vivência e observação das memórias sociais ao seu redor o fez crescer diante de temas e debates importante sobre a trama social Brasileira e que dialogam com seu trabalho artístico. O Artista Investiga temas relacionados à memória, a incompletude humana e o esquecimento através dos aspectos da palavra, rememoração e consciência social. Em um processo criativo capitular Hal Wildson propõe uma nova linguagem estética e conceitual a cada série, apropriando-se das possibilidades expressivas de diversos materiais e processos técnicos. Além do uso de sua técnica autoral utilizando a datilografia e a máquina de escrever, Hal Wildson também trabalha com colagem, investiga fotografia expandida, xerografia, Bordado, Digigravura e outras diversas tecnologias e experimentações. Para o artista: “É a técnica que deve se curvar ao potencial do tema, procuro estudar a melhor forma técnica de construir um trabalho buscando uma ligação entre o conceito e o modo de fazer.”

A palavra e a poesia são braços fortes de sua pesquisa, o que se justifica por seu interesse desde a infância pelos livros. A pesquisa artística de Hal Wildson se iniciou com a busca incessante pelo esquecimento, foi na tentativa de esquecer as marcas e os traumas de sua família que o trabalho de Hal rompe as paredes do ateliê e se revelam pro mundo como confissões e protestos. A arte de Hal transita de forma fluída entre o artivismo político e a poética existencial, desbravando as memórias autobiográficas e memórias sociais como: o feminicídio, homoafetividade, o alcoolismo e abandono familiar e a pobreza na infância, temas que dialogam com a vida do artista e que também fazem parte da trama social brasileira. Nas palavras do Artista: “O meu trabalho parte da reconstrução de memórias autobiográficas atravessadas por questões sociais e políticas. Por meio do uso da palavra eu acesso essas memórias e esquecimentos, criando minhas narrativas de resistência. Eu cresci em uma estrutura familiar moldada pela violência, pelo vício, abuso, feminicídio e tantas outros traumas estruturais. Na primeira infância eu já conhecia o abandono, o crime, a morte, a violência em seu estado mais bruto, isso não acontece sem deixar vestígios na formação de uma criança. (...)Como não falar de questões sociais e políticas se a minha tragédia pessoal foi minuciosamente forjada por isso? É nesse momento que a arte se torna um sopro de esperança, por que se estou aqui é por que a Arte me trouxe até aqui.” Atualmente Hal é representado pela GALERIA MOVIMENTO e se dedica para a sua primeira exposição individual fora de sua terra Natal, desbravando o início de um novo território mais maduro e conceitual de sua carreira.

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